Os direitos fundamentais sob a perspectiva da sociedade de risco

A Lei nº 11.105/05 e o Supremo Tribunal Federal

Autores

  • Alexandre Garrido da Silva Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ
  • Bernardo Abreu de Medeiros Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ
  • Daniella dos Santos Pessanha Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ
  • Diogo Alves Brasil Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ
  • Jorge Gomes de Souza Chaloub Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ
  • José Ribas Vieira Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

DOI:

https://doi.org/10.30899/dfj.v2i4.516

Palavras-chave:

Bioética, Ativismo, Sociedade de Risco, Direitos Fundamentais

Resumo

O estudo está comprometido a demonstrar a necessidade de outros parâmetros para delimitar o tema dos Direitos Fundamentais na denominada sociedade de risco. Tal concepção teórica idealizada por Ulrich Beck objetiva desenhar uma teoria do risco dentro de linhas de imprevisibilidade. Assim, o texto destaca o distanciamento em relação a um modelo de Direitos Fundamentais consagrado nas constituições pós-45 com embasamento valorativo. Neste sentido, situar-se-á o debate dos Direitos Fundamentais na sociedade de risco no tema da bioética. Por último, será analisada a interpretação elaborada pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 3510 no tocante à Lei n° 11.105/05 (Lei da Biossegurança), destacando os temas da internacionalização, da representação argumentativa e dos limites do ativismo judicial.

Biografia do Autor

Alexandre Garrido da Silva, Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

Professor assistente da Universidade Federal de Uberlândia. Doutorando de Direito Público da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. (garridosilva@ig.com.br)

Bernardo Abreu de Medeiros, Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. (bernardo.a.medeiros@gmail.com)

Daniella dos Santos Pessanha, Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

Graduanda em Direito do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais. Bolsista PIBIC/Cnpq-IBMEC. Especial agradecimento pelo apoio dado na elaboração desse texto. (dani_pessanha@hotmail.com)

Diogo Alves Brasil, Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

Graduando em Direito do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais. (diogoalvesbrasil@gmail.com)

Jorge Gomes de Souza Chaloub, Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. (jchaloub@yahoo.com.br)

José Ribas Vieira, Núcleo de Pesquisa “Ativismo Judicial e Judicialização da Política” – IBMEC/RJ

Professor adjunto do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais. (jribas@puc-rio.br)

Referências

ALEXY, Robert. Direitos Fundamentais no Estado constitucional democrático: para a relação entre direitos do homem, Direitos Fundamentais, democracia e jurisdição constitucional. Revista de Direito Administrativo, 217, 1999, p. 66

ALEXY, Robert. On balancing and subsumption: a structural comparison. Ratio Juris, v. 16, nº 4, 433-449, dez. 2003

ALEXY, Robert. “Ponderación, control de constitucionalidad y representación”. In: ALEXY, Robert. Teoría del discurso y derechos constitucionales. México: Distribuciones Fontamara, 2005, p. 100.

ALEXY, Robert. Epílogo a la teoría de los derechos fundamentales. Traducción de Carlos Bernal Pulido. Madrid, Fundacion Beneficentia et Peritia Juris, 2004

ALEXY, Robert. “Sobre la estructura de los princípios jurídicos”. In: Tres escritos sobre los derechos fundamentales y la teoría de los princípios. Traducción de Carlos Bernal Pulido. Colombia: Universidad Externado de Colombia, 2003, pp. 123-137

ALEXY, Robert. “On the concept and the nature of law”. In Ratio Juris, vol. 21, nº 3, set. 2008, p. 294.

ALMARAZ, Maria Jesus Moro. Aspectos civiles de la iseminación artificial y la fecundacíón in Vitro. Barcelona: Bosh, 1988, p. 20

BARBOZA, Heloisa Helena. Clonagem Humana: uma questão em aberto. In SARMENTO, DANIEL e PIOVESAN, Flávia (coord.) Nos limites da vida. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p. 189.

BECK, Ulrich. La sociedad del Riesgo Global. Madri Siglo Veintiuno Editores. 2006. trad. de Jesús Alborés Rey

BEAUCHAMP, Tom L. & CHILDRESS, James F. Principles of Biomedical Ethics. New York: Oxford University Press, 1979

BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 19

BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 1994, p. 514.

CAMPOS, Francisco. Direito Constitucional. São Paulo: Freitas Bastos, 1956, vol. II.

CANOTILHO, J J Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 2003, p. 359

CANOTILHO, J J Gomes. Justiça Constitucional e Justiça Penal. Revista Brasileira de Criminologia – IBCRIM nº 58, 2006, pp. 329 a 345

CANOTILHO, J. J. Gomes e LEITE, José Rubens Morato. Direito Constitucional Ambiental Brasileiro, São Paulo: Editora Saraiva, 1ª Edição, segunda tiragem, 2007

CARVALHO, Ernani Rodrigues de. Em busca da judicialização da política no Brasil: apontamentos para uma nova abordagem. Revista de Sociologia Política, Curitiba, 23, 2004, pp. 115-126

CARVALHO, José Murilo de. Visconde do Uruguai. São Paulo: Editora 34, 2002. 631p

CHAUI, Marilena. O discurso competente, In: Cultura e Democracia: O discurso competente e outras falas, São Paulo: Editora Moderna, 1982

COSTA, Sergio; OSELKA, Gabriel e GARRAFA, Volnei. Iniciação à bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1998, p. 15

DIAFÉRIA, Adriana. Clonagem, aspectos jurídicos e bioéticos. São Paulo: Edipro, 1999, p. 49

DINIZ, Débora e GUILHEM, Dirce. O que é bioética. São Paulo: Brasiliense, 2002, p. 25

DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 10

DWORKIN, Ronald. A virtude soberana. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 644

DWORKIN, Ronald. “A leitura moral e a premissa majoritária”. In: DWORKIN, Ronald. O direito da liberdade: a leitura moral da Constituição norte-americana. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2006, pp. 01-60

DENNINGER, Erhard. “Segurança, Diversidade e Solidariedade” ao invés de “liberdade, Igualdade e Fraternidade” trad. de Menilick de Carvalho in Revista Brasileira de Estudos Políticos dezembro de 2003, vol. 88 pp. 21 a 46

EISENBERG, José. Pragmatismo, direito reflexivo e judicialização da política. In: VIANNA, Luiz Werneck (Org.). A democracia e os três poderes no Brasil, Belo Horizonte: Editora UFMG, Rio de Janeiro: IUPERJ/ FAPERJ, 2002, pp. 43-61.

FRANKENBERG, Günther. A Gramática da Constituição e do Direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2007, p. 325.

GARCÍA AMADO, J. A. apud PULIDO, Carlos Bernal. El neoconstitucionalismo a debate. Bogotá: Instituto de Estudios Constitucionales, 2006, p. 17

HABERMAS, Jurgen. Técnica e Ciência como Ideologia, Lisboa: Edições 70, 2001

LAFER, Celso. A internacionalização dos Direitos Humanos: Constituição, racismo e relações internacionais. São Paulo: Manole, 2005, pp. 15-18

MARSHALL, William P., Conservatives and the seven sins of judicial activism, University of Colorado Law Review, 2002, Forthcoming

MELLO, Celso Duvivier de Albuquerque. “O § 2º do art. 5º da Constituição Federal”. In: TORRES, Ricardo Lobo (Org.). Teoria dos Direitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 1999

MYTHEN, Gabe. Reappraising the Risk Society Thesis Telecospic Sight or Myopic Vision. CurrentSociology – November 2007 vol. 55(6): 793-813

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 7ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006, pp. 51-77

PULIDO, Carlos Bernal. El neoconstitucionalismo a debate. Bogotá: Instituto de Estudios Constitucionales, 2006, pp. 13-23

SÁ, Maria de Fátima Freire e NAVES, Bruno Torquato de Oliveira. Clonagem Humana. In SARMENTO, DANIEL e PIOVESAN, Flávia (coord.) Nos limites da vida. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p. 266.

SCHMITT, Carl. Teoria de la Constitucion. Madrid: Alianza Editorial. 1992, p. 164

SCHWABE, Jürgen. Cinqüenta anos de jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal alemão. Tradução de Beatriz Hennig et al. Berlin; Montevideo. Konrad-Adenauer Stiftung, 2005

SUNSTEIN, Cass R. Acordos constitucionais sem teorias constitucionais. Revista de Direito Administrativo, FGV Fundação Getúlio Vargas/Jurídico Atlas, pp. 79-94, Setembro/Dezembro 2007

SUNSTEIN, Cass R. One case at time: judicial minimalism on the Supreme Court. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1999; SUNSTEIN, Cass R. Legal reasoning and political conflict. New York: Oxford University Press, 1996.

TATE, C. N., VALLINDER, T. (Ed.). The global expansion of Judicial Power. Nova York: Nova York University Press, 1997, p. 33

Werneck Vianna: A Democracia e os três poderes no Brasil. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2002. 559p

Downloads

Publicado

2008-09-30

Como Citar

da Silva, A. G., de Medeiros, B. A., Pessanha, D. dos S., Brasil, D. A., Chaloub, J. G. de S., & Vieira, J. R. (2008). Os direitos fundamentais sob a perspectiva da sociedade de risco: A Lei nº 11.105/05 e o Supremo Tribunal Federal. Revista Brasileira De Direitos Fundamentais & Justiça, 2(4), 211–236. https://doi.org/10.30899/dfj.v2i4.516