Os direitos fundamentais sob a perspectiva da sociedade de risco
A Lei nº 11.105/05 e o Supremo Tribunal Federal
DOI:
https://doi.org/10.30899/dfj.v2i4.516Palavras-chave:
Bioética, Ativismo, Sociedade de Risco, Direitos FundamentaisResumo
O estudo está comprometido a demonstrar a necessidade de outros parâmetros para delimitar o tema dos Direitos Fundamentais na denominada sociedade de risco. Tal concepção teórica idealizada por Ulrich Beck objetiva desenhar uma teoria do risco dentro de linhas de imprevisibilidade. Assim, o texto destaca o distanciamento em relação a um modelo de Direitos Fundamentais consagrado nas constituições pós-45 com embasamento valorativo. Neste sentido, situar-se-á o debate dos Direitos Fundamentais na sociedade de risco no tema da bioética. Por último, será analisada a interpretação elaborada pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 3510 no tocante à Lei n° 11.105/05 (Lei da Biossegurança), destacando os temas da internacionalização, da representação argumentativa e dos limites do ativismo judicial.
Referências
ALEXY, Robert. Direitos Fundamentais no Estado constitucional democrático: para a relação entre direitos do homem, Direitos Fundamentais, democracia e jurisdição constitucional. Revista de Direito Administrativo, 217, 1999, p. 66
ALEXY, Robert. On balancing and subsumption: a structural comparison. Ratio Juris, v. 16, nº 4, 433-449, dez. 2003
ALEXY, Robert. “Ponderación, control de constitucionalidad y representación”. In: ALEXY, Robert. Teoría del discurso y derechos constitucionales. México: Distribuciones Fontamara, 2005, p. 100.
ALEXY, Robert. Epílogo a la teoría de los derechos fundamentales. Traducción de Carlos Bernal Pulido. Madrid, Fundacion Beneficentia et Peritia Juris, 2004
ALEXY, Robert. “Sobre la estructura de los princípios jurídicos”. In: Tres escritos sobre los derechos fundamentales y la teoría de los princípios. Traducción de Carlos Bernal Pulido. Colombia: Universidad Externado de Colombia, 2003, pp. 123-137
ALEXY, Robert. “On the concept and the nature of law”. In Ratio Juris, vol. 21, nº 3, set. 2008, p. 294.
ALMARAZ, Maria Jesus Moro. Aspectos civiles de la iseminación artificial y la fecundacíón in Vitro. Barcelona: Bosh, 1988, p. 20
BARBOZA, Heloisa Helena. Clonagem Humana: uma questão em aberto. In SARMENTO, DANIEL e PIOVESAN, Flávia (coord.) Nos limites da vida. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p. 189.
BECK, Ulrich. La sociedad del Riesgo Global. Madri Siglo Veintiuno Editores. 2006. trad. de Jesús Alborés Rey
BEAUCHAMP, Tom L. & CHILDRESS, James F. Principles of Biomedical Ethics. New York: Oxford University Press, 1979
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 19
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 1994, p. 514.
CAMPOS, Francisco. Direito Constitucional. São Paulo: Freitas Bastos, 1956, vol. II.
CANOTILHO, J J Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 2003, p. 359
CANOTILHO, J J Gomes. Justiça Constitucional e Justiça Penal. Revista Brasileira de Criminologia – IBCRIM nº 58, 2006, pp. 329 a 345
CANOTILHO, J. J. Gomes e LEITE, José Rubens Morato. Direito Constitucional Ambiental Brasileiro, São Paulo: Editora Saraiva, 1ª Edição, segunda tiragem, 2007
CARVALHO, Ernani Rodrigues de. Em busca da judicialização da política no Brasil: apontamentos para uma nova abordagem. Revista de Sociologia Política, Curitiba, 23, 2004, pp. 115-126
CARVALHO, José Murilo de. Visconde do Uruguai. São Paulo: Editora 34, 2002. 631p
CHAUI, Marilena. O discurso competente, In: Cultura e Democracia: O discurso competente e outras falas, São Paulo: Editora Moderna, 1982
COSTA, Sergio; OSELKA, Gabriel e GARRAFA, Volnei. Iniciação à bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1998, p. 15
DIAFÉRIA, Adriana. Clonagem, aspectos jurídicos e bioéticos. São Paulo: Edipro, 1999, p. 49
DINIZ, Débora e GUILHEM, Dirce. O que é bioética. São Paulo: Brasiliense, 2002, p. 25
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 10
DWORKIN, Ronald. A virtude soberana. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 644
DWORKIN, Ronald. “A leitura moral e a premissa majoritária”. In: DWORKIN, Ronald. O direito da liberdade: a leitura moral da Constituição norte-americana. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2006, pp. 01-60
DENNINGER, Erhard. “Segurança, Diversidade e Solidariedade” ao invés de “liberdade, Igualdade e Fraternidade” trad. de Menilick de Carvalho in Revista Brasileira de Estudos Políticos dezembro de 2003, vol. 88 pp. 21 a 46
EISENBERG, José. Pragmatismo, direito reflexivo e judicialização da política. In: VIANNA, Luiz Werneck (Org.). A democracia e os três poderes no Brasil, Belo Horizonte: Editora UFMG, Rio de Janeiro: IUPERJ/ FAPERJ, 2002, pp. 43-61.
FRANKENBERG, Günther. A Gramática da Constituição e do Direito. Belo Horizonte: Del Rey, 2007, p. 325.
GARCÍA AMADO, J. A. apud PULIDO, Carlos Bernal. El neoconstitucionalismo a debate. Bogotá: Instituto de Estudios Constitucionales, 2006, p. 17
HABERMAS, Jurgen. Técnica e Ciência como Ideologia, Lisboa: Edições 70, 2001
LAFER, Celso. A internacionalização dos Direitos Humanos: Constituição, racismo e relações internacionais. São Paulo: Manole, 2005, pp. 15-18
MARSHALL, William P., Conservatives and the seven sins of judicial activism, University of Colorado Law Review, 2002, Forthcoming
MELLO, Celso Duvivier de Albuquerque. “O § 2º do art. 5º da Constituição Federal”. In: TORRES, Ricardo Lobo (Org.). Teoria dos Direitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 1999
MYTHEN, Gabe. Reappraising the Risk Society Thesis Telecospic Sight or Myopic Vision. CurrentSociology – November 2007 vol. 55(6): 793-813
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 7ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006, pp. 51-77
PULIDO, Carlos Bernal. El neoconstitucionalismo a debate. Bogotá: Instituto de Estudios Constitucionales, 2006, pp. 13-23
SÁ, Maria de Fátima Freire e NAVES, Bruno Torquato de Oliveira. Clonagem Humana. In SARMENTO, DANIEL e PIOVESAN, Flávia (coord.) Nos limites da vida. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007, p. 266.
SCHMITT, Carl. Teoria de la Constitucion. Madrid: Alianza Editorial. 1992, p. 164
SCHWABE, Jürgen. Cinqüenta anos de jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal alemão. Tradução de Beatriz Hennig et al. Berlin; Montevideo. Konrad-Adenauer Stiftung, 2005
SUNSTEIN, Cass R. Acordos constitucionais sem teorias constitucionais. Revista de Direito Administrativo, FGV Fundação Getúlio Vargas/Jurídico Atlas, pp. 79-94, Setembro/Dezembro 2007
SUNSTEIN, Cass R. One case at time: judicial minimalism on the Supreme Court. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1999; SUNSTEIN, Cass R. Legal reasoning and political conflict. New York: Oxford University Press, 1996.
TATE, C. N., VALLINDER, T. (Ed.). The global expansion of Judicial Power. Nova York: Nova York University Press, 1997, p. 33
Werneck Vianna: A Democracia e os três poderes no Brasil. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2002. 559p
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acesso ao conteúdo do periódico, favor entrar em contato com:
Editora Fórum
0800 704 3737
vendas@editoraforum.com.br