Mutações constitucionais como retórica estratégica na Ação Penal n.º 937
DOI:
https://doi.org/10.30899/dfj.v23i52.1490Palavras-chave:
Retórica analítica, Mutações Constitucionais, Teoria da Decisão JurídicaResumo
Esta é uma análise crítica sobre as “mutações constitucionais” na argumentação jurídica desenvolvida no Supremo Tribunal Federal (STF), problematizando os discursos de atribuição de sentido de algumas normas jurídicas como o princípio republicano no julgamento da AP 937-QO. A pesquisa discute a aplicação dos critérios da Retórica Analítica como instrumental para a reflexão empírica sobre argumentação jurídica em Tribunais Superiores, problematizando as vantagens e limites dessa metodologia.
Referências
ADEODATO, João Maurício. Retórica analítica como metódica jurídica. Argumenta, n. 18, p. 11-29, 2013.
ADEODATO, João Maurício. Análise retórica das dicotomias tradicionais sobre o conceito de direito. Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Direito – PPGDir./UFRGS, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 266-287, 2020.
ADEODATO, João Maurício. O esvaziamento do texto e o controle das decisões jurídicas. Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 915-944, 2021.
ALVES, Pedro de Oliveira. Retórica analítica x Racionalismo crítico: reflexões sobre dois possíveis modelos de análise de decisões judiciais. Revista Acadêmica (UFPE), v. 94, n. 1, p. 142-159, 2022.
ALVES, Pedro de Oliveira; KRELL, Andreas Joachim. Zonas de Autarquia na Argumentação Jurídica do STF. Revista Direito e Práxis, v. 13, p. 2444-2470, 2022.
BALLWEG, Ottmar. Retórica analítica e direito. Trad. João Maurício Adeodato. Revista Brasileira de Filosofia, v. 39, n. 163, p. 179-180, 1991.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.675/PE. Relator Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, julgado em 19 out. 2016, DJE. 29 jun. 2017. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=13120658. Acesso em: 06 jul. 2023.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Questão de Ordem na Ação Penal 937/RJ. Relator Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgado em 03 mai. 2018, DJE. 11 dez. 2018. Disponível em: <<https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748842078>. Acesso em: 06 jul. 2023.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário RE 637485/RJ. Relator Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 01 ago. 2012, DJE. 21 mai. 2013. Disponível em: <<https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3823598>>. Acesso em: 06 jul. 2023.
CARVALHO, Angelo Gamba Prata de; ROESLER, Claudia Rosane. O argumento de autoridade no Supremo Tribunal Federal: uma análise retórica em perspectiva histórica. Direito, Estado e Sociedade, n. 55, p. 42-68, 2019.
FERRAZ, Anna Cândida da Cunha. Processos informais de mudança da Constituição. São Paulo: Max Limonad, 1986.
HÄBERLE, Peter. Zeit und Verfassung: Prolegomena zu einem “zeit-gerechten” Verfassungsverständnis. Zeitschrift für Politik, Nomos, v. 21, n. 2, p. 111-137, jun. 1974.
HESSE, Konrad. Temas fundamentais do direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009.
HSÜ DAU-LIN. Mutación de la constitución. Trad. Pablo Lucas Verdú e Christian Förster. Instituto Vasco de Administración Pública: Oñati, 1998.
JELLINEK, Georg. Reforma y mutación de la Constitución. Trad. Christian Förster. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1991.
MAIA, Alexandre da. Ontologia jurídica: o problema de sua fixação teórica (com relação ao garantismo jurídico. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2000.
MEDEIROS, Bruno Franco Candido. O que os juízes acham persuasivo? Uma análise empírico-retórica de decisões proferidas no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho em matéria de dano moral. 2018. Brasília: Dissertação de Mestrado em Direito pela UnB, 2018.
MORAES, Guilherme Peña de. Constitucionalismo brasileiro: passado, presente e futuro da Constituição cidadã. In: MORAES, Guilherme Peña de; et al. 30 anos da Constituição Federal e o direito brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2018, p. 1-22.
PALMA, Juliana Bonacorsi; FEFERBAUM, Marina; PINHEIRO, Victor Marcel. Meu trabalho precisa de jurisprudência? Como posso utilizá-la? In: QUEIROZ, Rafael Mafei R.; FEFRBAUM, Marina. Metodologia da Pesquisa em Direito: técnicas e abordagens para elaboração de monografias, dissertações e teses. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2019, p. 99-128.
PEDRA, Adriano Sant’Ana. Mutação constitucional: interpretação evolutiva da Constituição na democracia constitucional. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.
REIS, Isaac Costa. Limites à legitimidade da Jurisdição Constitucional: análise retórica das Cortes Constitucionais do Brasil e da Alemanha. 2014. Recife: Tese de Doutorado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, 2014.
ROESLER, Claudia. A análise da argumentação judicial em perspectiva crítica: o que fazemos quando analisamos decisões judiciais? In: Retórica e Argumentação jurídica: modelos em análise. Curitiba: Alteridade, 2018. v. 2.
SCHLIEFFEN, Katharina Gräfin von. Iluminismo retórico: contribuições para uma teoria retórica do direito. Trad. João Maurício Adeodato e outros. Curitiba: Alteridade, 2022.
SHERWIN, Richard. The narrative construction of legal reality. Journal of the Association of Legal Writing Directors, v. 6, p. 88, 2009.
SOBOTA, Katharina. Don’t mention the norm. International Journal for the Semiotics of Law, n. 4, v. 10, p. 45-60, 1991.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Brasileira de Direitos Fundamentais & Justiça

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Para acesso ao conteúdo do periódico, favor entrar em contato com:
Editora Fórum
0800 704 3737
vendas@editoraforum.com.br