Inadmissibilidade da prova ilícita

reposicionamento conforme Robert Alexy

Autores

  • Hélio Silvio Ourém Campos
  • Lucas Sampaio Muniz da Cunha

DOI:

https://doi.org/10.30899/dfj.v11i36.118

Palavras-chave:

Prova ilícita, Ministério Público, Interesses Difusos

Resumo

O presente estudo demonstra as intensas relações entre o devido processo legal, as bases democráticas, o Estado de Direito e a proibição de provas ilícitas no processo. Argumenta-se que a admissão de uma prova ilícita não viola apenas um direito privado da parte oposta àquela que juntou a prova, mas viola um interesse difuso, restando ao Ministério Público intervir no processo, caso a prova ilícita seja admitida. Utilizou-se o método dedutivo.

Referências

ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. 2. ed. Traduzido por Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros Editores. 2012
APOLINÁRIO JR., Arno; GAMA, Ricardo da Silva. Legitimidade das associações civis para propositura de ação civil pública no direito brasileiro: uma leitura multidisciplinar. Revista Brasileira de Direito Processual, v. 22, n. 88, out./dez. 2014.
AVOLIO, Luiz Francisco Torquato. Provas ilícitas: interceptações telefônicas, ambientais e gravações clandestinas. 3. ed. rev., atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
AZENHA, Nivia Aparecida de Souza. Prova ilícita no processo civil. 1. ed., 4. reimpr. Curitiba: Juruá: 2009
BARROSO, Luis Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas. Rio de Janeiro: Renovar, 1993.
BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Garantia da amplitude de produção probatória. In: TUCCI, José Rogério Cruz e (Coord.). Garantias constitucionais do processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 16. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2013.
BRASIL. Código Penal (1940). Código Penal: promulgado em 7 de dezembro de 1940. 16. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2013.
CAPPELLETTI, Mauro. Fundamental guarantees of the parties in the civil litigation. Milão; Giuffré, 1973.
CARNAÚBA, Maria Cecília Pontes. Prova ilícita. São Paulo, Saraiva, 2000.
CARNELUTTI, Francesco. A prova civil. 2. ed. Traduzido por Lisa Pary Scarpa. Campinas: Bookseller: 2002
ECHANDIA, Hernando Devis. Pruebas ilícitas. Revista de Processo, n. 32, v. 8, p. 82-93, out./dez. 1983.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. O poder constituinte. São Paulo: Saraiva, 1985.
GRINOVER, Ada Pellegrini; FERNANDES, Antonio Scarance; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
GRINOVER, Ada Pellegrini. A tutela dos interesses difusos. São Paulo: Max Limonad, 1984.
ITALIA. Codice di procedura penale (1988). Disponível em: <http://www.normattiva.it/urires/N2Ls?urn:nir:stato:decreto.del.presidente.della.repubblica:1988-09-22;447>. Acesso em: 11 jun. 2015.
LOPEZ, Jacobo. Las escuchas telefónicas y la prueba ilegalmente obtenida. Madri: Akal, 1989.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sergio. Curso de processo civil: processo de conhecimento. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
MAZZILLI, Hugo Nigro. A atuação do Ministério Público no processo civil. Revista Síntese Direito Civil e Processual Civil, São Paulo, v. 73, set./out. 2011.
MOREIRA, José Carlos Barbosa. A Constituição e as provas ilicitamente obtidas. Revista de Processo, [1997?].
NUVOLONE, Pietro. Le prove vietate nel processo penale nei apesi di diritto latino. Rivista di Diritto Processuale, Padova, v. XXI, 1966.
PINHEIRO, Fernanda Letícia Soares. Princípio da proibição da prova ilícita no processo civil. 1. ed., 5. reimpr. Curitiba: Juruá, 2010.
PORTUGAL. Constituição da República Portuguesa (1976). Disponível em: <http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_estrutura.phptabela=leis&artigo_id=4A0015&nid=4&nversao=&tabela=leis&so_miolo=>. Acesso em: 11 jun. 2015.
VESCOVI, Enrique. Premisas para la consideración del tema de la prueba ilícita. Revista Iberoamericana Derecho Procesal, 1960.
VIEIRA, Fernando Grella. A transação na esfera da tutela dos interesses difusos e coletivos e a posição do Ministério Público. São Paulo, 1993, p. 42. Disponível em: <http://www.revistajustitia.com.br/revistas/dw41ba.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015.
ZLATAR, Alex. La real vigencia del sistema de la sana crítica racional. Rosário: AVISRL, FUNDECIJU, 2010.

Downloads

Publicado

2017-06-30

Como Citar

Campos, H. S. O., & Cunha, L. S. M. da. (2017). Inadmissibilidade da prova ilícita: reposicionamento conforme Robert Alexy. Revista Brasileira De Direitos Fundamentais & Justiça, 11(36), 203–219. https://doi.org/10.30899/dfj.v11i36.118